Os professores também são pessoas e o Estado também tem obrigações educacionais
As escolas precisam de um grande envolvimento dos
professores para empreenderem as mudanças adaptativas necessárias face às condições
socioculturais diversas dos aprendentes que hoje frequentam a escola e às exigências do
mundo do trabalho, dimensão que, a par da formação humanista, deve constituir o
ser que cresce e se desenvolve para ser adulto graças à escola. Mas a escola e
os professores estão dominados pela questão laboral de uma remuneração justa
pelo trabalho prestado, questão essencial em qualquer atividade profissional. A
escola precisa rapidamente de se libertar dessa opressão massiva e epidémica
para que os professores concentrem as suas energias no essencial – refletir, em
conjunto, aprofundada e serenamente, apaixonada e racionalmente, sobre as suas
práticas pedagógicas, para melhorar a aprendizagem de todos os alunos.
É certo que, com ou sem as melhores condições (e não são
apenas remunerações condignas para os professores que são necessárias hoje nas
nossas escolas!), os nossos filhos terão que ter, necessariamente, a melhor
educação possível! Com o que temos (desmotivação e exaustão e parcos recursos) já
se melhorou bastante, graças ao esforço quase sem sentido de professores tantas
vezes injustamente desconsiderados pela sociedade e pelo estado. Imagine-se com
melhores condições – materiais, sociológicas e psicológicas!
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