Pensar a educação no final do séc. XX
«Os estudantes de hoje é que terão a
tarefa de transformar a sociedade de acordo com valores diferentes da
competição, da segregação, do racismo, etc. Para esse efeito, irão precisar de
uma formação que lhes permita resolver os problemas sociais, ecológicos,
culturais e políticos que são e serão os seus. É aquilo a que, aqui, chamamos a
competência ecossocial.
A nossa posição é clara: a formação a
dar deve assentar em “novas” estratégias educativas mais apropriadas à
resolução de problemas do nosso planeta. No nosso ver, o currículo de uma
teoria da educação deve compreender estudos das relações multiculturais, dos
impactos positivos e negativos do desenvolvimento económico, da ecologia e dos
princípios da democracia. Também deve incluir estratégias educativas
cooperativas que apostem no trabalho de equipa e na cooperação com os meios atingidos
pelos problemas a resolver. Com efeito, estas estratégias cooperativas são
muito eficazes para proporcionar aos estudantes um método de trabalho que leve
as diferenças sociais, culturais e religiosas em consideração, mas não se deve
fazer cooperação somente pelo prazer da cooperação. Há que recorrer a estas
estratégias com o intuito de aprender a resolver os problemas da nossa
sociedade.
(…) A educação deve ser repensada, já
não a partir de uma grelha industrial, mas sim a partir de uma visão mais
global da evolução. A educação deve servir para inventar um futuro novo para o
nosso planeta.»
Bertrand, Y.
(2001). Teorias Contemporâneas da
Educação 2ª ed. (p. 231). Lisboa: Instituto Piaget.
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