Liberdade - a dos antigos e a dos modernos
Benjamin Constant (1767-1830) |
(...)
Assim, meus senhores, ao invés de renunciar a alguma das duas espécies de liberdade (...) é necessário (...) aprender a combiná-las. As instituições (...) devem realizar os destinos da espécie humana; atingirão tanto melhor os seus objetivos quanto elevarem o maior número possível de cidadãos à mais alta dignidade moral.
(...) É necessário que as instituições realizem a educação moral dos cidadãos. Respeitando os seus direitos individuais, cuidando da sua independência, não interferindo nos seus afazeres, as instituições devem consagrar a influência dos cidadãos na coisa pública, apelando-lhes que concorram, pelas suas determinações e pelo seu sufrágio, no exercício do poder, garantindo-lhes um direito de controlo e fiscalização através da manifestação das suas opiniões, educando-os pela prática no exercício dessas nobres funções, dando-lhes, ao mesmo tempo, o desejo e a faculdade de as desempenharem de forma correta.»
Constant, B. (2001, 1819) A Liberdade dos Antigos Comparada à dos Modernos (pp. 17, 35-36). Coimbra: Ed. Tenacitas.
Comentários
Enviar um comentário