Coimbra, alterações climáticas, o PAN… e a verdade dos factos sobre a relação Homem-Natureza! (1)

https://www.publico.pt/2019/07/31/p3/noticia/alteracoes-climaticas-podem-causar-deficiencias-doencas-1881863

«(…) O caminho em que estamos hoje na emissão de gases de efeito de estufa vai provavelmente levar-nos até 1,5ºC de aquecimento até 2040, 2ºC algumas décadas depois e talvez 4 graus Celsius antes de 2100.
À medida que as temperaturas forem aumentando isso pode querer dizer que muitas das maiores cidades do Médio Oriente e do sul da Ásia se tornaram letalmente quentes no verão, talvez já em 2050. Os verões no Ártico deixarão de ter gelo e assistir-se-á à inevitável desintegração da camada de gelo da Antártida Ocidental, quer alguns cientistas acreditam já ter começado, ameaçando as cidades costeiras de todo o mundo com inundações. Grande parte dos recifes de coral desaparecerão. E haverá dezenas de milhões de refugiados do clima, talvez muitos mais, em fuga das secas, das inundações e do calor extremo, além da possibilidade dos múltiplos desastres naturais causados pelo clima atingirem simultaneamente terra firme.
Há muitas razões para podermos pensar que não podemos chegar a 4ºC, mas, globalmente, as emissões continuam a crescer e o tempo que temos para evitar o que agora é considerado um aquecimento catastrófico – 2ºC – está a reduzir-se de dia para dia. Para ficarmos seguramente abaixo desse limiar, temos de reduzir, até 2030, a emissão de gases de efeito de estufa em 45% dos níveis de 2010, de acordo com o relatório da ONU. Em vez disso, eles continuam a subir. Assim, estar alarmado não é um sinal de histeria; quando se trata de alterações climáticas é o que os factos exigem. É talvez a única resposta lógica.»
Wallace-Wells, D. (2019). “É hora de entrar em pânico”, in Courier Internacional nº 281, julho 2019, p. 37.

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