Para compreender o movimento woke. 4. A nova linguagem
«Será que nos estamos a agarrar ao status quo apenas porque é o status quo ? De facto, os esforços de reforma linguística são por vezes desajeitados e podem parecer estranhos. No entanto, por que devemos assumir que a nossa língua, que evoluiu ao longo de séculos, naturalmente satisfaz os padrões morais que deveríamos aplicar a nós próprios? Quem ousaria afirmar que as correções que fizemos no nosso vocabulário no passado não eram justificadas? Quem é que quer chamar às crianças com Síndrome de Down "mongolóides" ou aos paraplégicos "aleijados"? No entanto, quem não quiser ficar para trás na marcha deste progresso, tem de ser capaz de explicar por que motivo deveria ser suficiente. Por que é que o nível atual de linguagem melhorada deve ser o fim da história, o ótimo que não tolera novas melhorias? Esta atitude revela uma inclinação conservadora em favor do statu quo .» Sauer, H. (2023). Moral. A invenção do bem e do mal (p.267) . Porto Salvo: Edições Saída de E